sábado, 5 de maio de 2012

FILOSOFIA MODERNA E SUAS PRINCIPAIS CARACTERISTICAS


Os historiadores da filosofia designam como filosofia moderna aquele saber que se desenvolve na Europa durante o século XVII tendo como referências principais o cartesianismo — isto é, a filosofia de René Descartes —, a ciência da Natureza galaica — portanto é a mecânica de Galileu Galilei —, a nova idéia do conhecimento como síntese entre observação, experimentação e razão teórica baconiana — porem é, a filosofia de Francis Bacon — e as elaborações acerca da origem e das formas da soberania política a partir das ideais de direito natural e direito civil hobbesianas — isto é, do filósofo Thomas Hobbes.
No entanto, a cronologia pode ser um critério ilusório, pois o filósofo Bacon publica seus Ensaios em 1597, enquanto o filósofo Leibniz, um dos expoentes da filosofia moderna, publica a Monadologia e os Princípios da Natureza e da Graça em 1714, de sorte que obras essenciais da modernidade surgem antes e depois do século XVII. Muitos historiadores preferem localizar a filosofia moderna no período designado como Século de Ferro, situado entre 1550 e 1660, tomando como referência as grandes transformações sociais, políticas e econômicas trazidas pela implantação do capitalismo, enquanto outros consideram decisivo o período entre 1618 e 1648, isto é, a Guerra dos Trinta Anos, que delineia a paisagem política e cultural da Europa moderna.
São características da filosofia moderna, sobretudo ao tempo de sua fundação:

* sistematicidade metodológica;

* conteúdo novo, sobretudo gnosiológico, que, para uns, estava em ser racionalista (como no    caso de Descartes), para outros, empirista (como para Bacon);

* acontecer cronologicamente em tempo próprio, definido por situações externas peculiares, tanto no mesmo plano da filosofia, como em outros planos culturais, sociais, políticos, religiosos, etc.



Um comentário:

  1. Sem sombra de duvidas René Descartes é considerado o fundador da filosofia moderna. Ele inaugura o racionalismo, doutrina que privilegia a razão, considerada alicerce de todo o conhecimento possível. Descartes parte da dúvida metódica, que põe em questão todas as supostas certezas.

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