A
nova forma de pensar da Filosofia Moderna culminou no Racionalismo (René
Descartes) e no Empirismo (Francis Bacon, John Locke, David Hume) e preparou,
de certa forma, o caminho para o Criticismo Kantiano. Detalhe cada uma dessas
correntes.
As grandes
transformações ocorridas a partir do Renascimento e o desenvolvimento da
ciência moderna levaram o homem a questionar, entre outras coisas, os critérios
e métodos para a aquisição de um conhecimento verdadeiro.
Com essa
preocupação, as estruturas do pensamento passaram a ser dissecadas e
investigadas pelos principais filósofos dos séculos XVII e XVIII, que
formularam diversas epistemologias ou teorias do conhecimento. As duas
principais vertentes foram a racionalista e a empirista.
O
racionalismo moderno teve, em René Descartes, seu primeiro e principal
expoente. O ponto de partida da filosofia cartesiana é o sujeito pensante, e
não o mundo exterior. O sujeito pensante, segundo Descartes, possuiria ideias
inatas, isto é, ideias que teriam nascido com o indivíduo, que dispensariam um
objeto exterior para fazê-las existir.
O empirismo, por
sua vez, nega a existência de ideias inatas e enfatiza o objeto pensado.
Defende que o processo de conhecimento humano provém de duas fontes básicas: a
nossa percepção do mundo externo (atenção) e o exame interno da nossa atividade
mental (reflexão).
O palco
inicial do empirismo foi a Inglaterra. Nesse país a burguesia, a partir do
século XVII, conquistou não apenas poder econômico, mas também poder político e
ideológico, impondo o fim do absolutismo monárquico. Essa ascensão da burguesia
relaciona-se, no plano epistemológico, ao empirismo (valorização da experiência
concreta, da investigação natural) e, no plano sociopolítico, ao nascimento do
liberalismo (valorização da liberdade pessoal do cidadão e exigência de limites
constitucionais ao poder monárquico).
Tempos depois, o
filósofo alemão Immanuel Kant será também influenciado por esse debate entre
idealistas e empiristas. Em sua crítica da razão, negará, porém, tanto o
conhecimento armazenado das ideias inatas como a exclusividade da experiência.
O Criticismo
Kantiano
A filosofia é definida por Kant como
a ciência da relação de todo conhecimento, e que trata de quatro questões
básicas: o que posso saber? (objeto da metafísica relaciona-se à possibilidade
e a legitimidade do conhecimento); o que devo fazer? (objeto da moral); O que
posso esperar? (objeto da religião); o que é o homem? (objeto da antropologia).
Em A crítica da razão pura, será tratada a questão da razão teórica, isto é, o
uso da razão no conhecimento da realidade como uma ferramenta para se
estabelecer critérios entre o que podemos legitimamente conhecer e as falsas
pretensões de conhecimento, desta forma, o trabalho tem por finalidade
estabelecer os limites do poder da razão pregado pelos racionalistas dogmáticos
através da crítica.
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